A fábrica de sapatos

20/04/2007

O dono de uma famosa fábrica de sapatos colocou um anúncio no jornal para contratar um vendedor.
Apareceram vários candidatos para uma única vaga. Na seleção final, restaram dois candidatos.
Então, o dono da fábrica resolveu fazer um teste para decidir quem ficaria na vaga.
Chamou o primeiro rapaz e mandou- o a uma cidade vender sapatos.
Depois de uma semana, ele voltou, desanimado, dizendo: – O senhor me mandou para o lugar errado, pois lá ninguém tem o hábito de usar sapatos, todos andam descalços. Por isso, não pude vender nem um sapato”.
Então, o dono da fábrica mandou o segundo rapaz para a mesma cidade que voltou, dois dias depois, muito feliz, dizendo: – O lugar é maravilhoso, o senhor acertou. Chegando lá, percebi que todos andavam descalços e fui mostrando a um por um como é bom e confortável usar sapatos. Já vendi todo o estoque que levei e voltei para buscar mais.


Os dois videntes

20/04/2007

Pressentindo que seu país em breve mergulharia numa guerra civil, o sultão chamou um dos seus melhores videntes e perguntou-lhe quanto tempo ainda lhe restava viver.
– Meu adorado mestre, o senhor viverá o bastante para ver os seus filhos mortos.
Num acesso de fúria, o sultão mandou imediatamente enforcar aquele que proferira palavras tão aterradoras.
Então, a guerra civil era realmente uma ameaça! Desesperado, chamou um segundo vidente.
– Quanto tempo viverei? – perguntou, procurando saber se ainda seria capaz de controlar uma situação potencialmente explosiva.
– Senhor, Deus lhe concedeu uma vida tão longa, que ultrapassará a geração de seus filhos e chegará à geração dos seus netos.
Agradecido, o sultão mandou recompensá-lo com ouro e prata.
Ao sair do palácio, um conselheiro comentou com o vidente:
– Você disse a mesma coisa que o adivinho anterior. Entretanto, o primeiro foi executado e você recebeu recompensas. Por que?
– Porque o segredo não está no que você diz, mas na maneira como diz. Sempre que precisar disparar a flecha da verdade, não se esqueça de antes molhar sua ponta num vaso de mel.


Gostaria que você fosse um lápis

20/04/2007

O menino, olhando sua avó escrevendo uma carta, perguntou:
– Vovó, você está escrevendo uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu e comentou com o neto:
– Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse ele, quando crescesse.
O menino olhou o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
– Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
– Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se
você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.
Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia os seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.
Segunda qualidade: de vem em quando eu preciso parar o que estou escrevendo e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.
Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.
Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.
Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo o que você fizer na vida irá deixar traços. Portanto, procure ser consciente de cada ação.